Hoje comecei a minha prazeirosa caminhada em direção a conversar com as minhas irmãs ligadas a Botânica...
Com o auxílio das amigas do astral superior vou firme nessa missão...
Com o auxílio das amigas do astral superior vou firme nessa missão...
Adélia mora a 93 anos na rua Anna de Carvalho num terreno baldio e com muita vegetação e uns poucos vizinhos humanos. Sempre que passo por ela vejo que ela já está um pouco tombada para frente e com muitas ervas coladas no seu tronco e nos seus galhos já um tanto ao quanto secos e já cansados. Pergunto se tem lembrança de quem a plantou, ela recorda-se que foi um passarinho conhecido como Joséjoé que trouxe no seu bico a sua semente e deixou cair num mês de julho do ano de 1920, Adélia cresceu entre formigas, pássaros e alguns lagartos, mas nada que a perturbem até porque presenciou a abertura da rua e que era antes uma picada na mata existente que aos poucos foi-se transformando na rua com algumas casa onde os humanos moram...
Me disse ela que conhece todas as pessoas que por ali passam e sabe do drama de cada um e sente como é difícil ter a solução de cada problema, mas faz questão de ressaltar uma moradora da rua que sempre que passa para ir a padaria lhe dirige um pensamento de amor com relação o seu já próximo fim de vida como uma árvore que já foi bela e frondosa e que teve como missão abrigar as trepadeiras e parasitas além dos pássaros...
Me despedi e agradeci a sua prosa rápida e sempre que passo por ela vejo que o seu fim está próximo já que as suas raízes não suportam mais o peso da inécia que ela traz, mas não custa lhe dirigir um olhar de amor...
Nenhum comentário:
Postar um comentário